A pouco mais de 2 meses para Paris, Seleções de goalball ajustam detalhes
Gaby faz a defesa na posição de pivô usando as pernas para amortecer a bola. Ao lado dela, na ala direita, aparece Moniza. Fotos: Renan Cacioli/ CBDV.

A pouco mais de 2 meses para Paris, Seleções de goalball ajustam detalhes

por Comunicação CBDV publicado 2024/06/17 18:55:40 GMT-3, Última modificação 2024-06-17T18:55:40-03:00
Equipes feminina e masculina do Brasil estão concentradas em São Paulo; ideia é simular situações possíveis nos Jogos Paralímpicos

17/06/2024
São Paulo/SP


Com três atletas de um lado e cinco do outro, o técnico Jônatas Castro dá o comando ao grupo em inferioridade numérica na quadra: "Vamos, pessoal, está 3 a 0 para o outro time! Vocês têm de virar o jogo, o tempo está acabando!". Era apenas um treino da Seleção Brasileira masculina de goalball realizado na tarde desta segunda-feira (17), no CT Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, mas a ideia da comissão técnica é utilizar as últimas Fases de Treinamento antes do embarque a Paris para simular possíveis situações de jogo que a equipe venha a enfrentar nos Jogos Paralímpicos, que acontecerão entre 28 de agosto e 8 de setembro.


As equipes feminina e masculina do Brasil ficarão concentradas até o dia 26 para trabalhar os ajustes finais, sempre em dois períodos, revezando atividades físicas na academia com movimentações técnico/táticas na quadra de jogo. São 14 atletas, oito homens e seis mulheres, que precisam estar o tempo todo ligados às orientações dos treinadores. "Pessoal, essa parte do jogo é quando geralmente o time teve uma caída lá na competição, lembram? Então, atenção na defesa! Foco!", grita Alessandro Tosim, treinador do conjunto feminino, trazendo para o treino a vivência do que a Seleção enfrentou na Malmö Cup, na Suécia, no mês passado, quando ficou com a medalha de prata no torneio preparatório aos Jogos de Paris.


"A gente voltou com muito mais confiança, acreditando que vai dar tudo certo. E como o próprio treinador falou, nós deixamos o recado de que vamos dar trabalho na Paralimpíada e brigar pelo ouro", diz a ala Moniza, de 26 anos, reforçando a importância de reproduzir nos treinos o comportamento esperado em Paris: "A competitividade em cada treino dá um gás para nós, é importante".


Já cientes dos adversários que terão pela frente após a realização do sorteio dos grupos do goalball, os atletas brasileiros esperam aproveitar os períodos de treinos na capital paulista para aprimorar os conceitos trabalhados ao longo do ciclo. "Este é o momento onde focamos principalmente nas questões do ritmo de jogo. Estamos fazendo algumas simulações com placares adversos, com placares favoráveis, para ver como a equipe reage a estas situações. E, lógico, buscando os ajustes finos, a precisão no alvo, o ajuste defensivo, a minimização das penalidades. Para que a gente possa chegar aos Jogos com todos esses fatores muito bem alinhados", explica o ala/pivô Emerson, de 25 anos, campeão paralímpico em Tóquio 2020.

 

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Emerson está com o corpo bastante curvado para frente, com o tronco formando quase um ângulo de 90 graus em relação às pernas, enquanto completa o movimento de arremesso com o braço direito, que ele traz para perto do ombro esquerdo. A bola está quicando um pouco à sua frente.


O torneio de goalball em Paris será disputado de 29 de agosto até 5 de setembro. Ainda não foi divulgada a tabela com horários e ordem dos confrontos. O Brasil é o atual campeão no masculino e tem ainda uma prata (Londres 2012) e um bronze (Rio 2016) com os homens. Já as mulheres nunca subiram ao pódio de uma Paralimpíada e lutarão em Paris pela inédita medalha.

 

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Comunicação CBDV
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