Fã de Endrick começa trajetória no futebol de cegos graças a projeto da CBDV
Levi aparece jogando futebol em um campo coberto de grama sintética. Ele está vestindo uma camisa azul escura, shorts brancos e meias azuis. O menino está em movimento, controlando uma bola de futebol azul e branca. Ao fundo, aparece a banda lateral e algumas pessoas desfocadas. O ambiente parece ser um ginásio ou um campo de futebol indoor. Foto: Renan Cacioli/ CBDV.

Fã de Endrick começa trajetória no futebol de cegos graças a projeto da CBDV

por Comunicação CBDV publicado 2025/03/14 10:07:00 GMT-3, Última modificação 2025-03-14T10:42:21-03:00
Aos 9 anos de idade, Levi experimenta primeira experiência no Campo de Treinamento de Base, que reúne iniciantes na modalidade

14/03/2025
São Paulo/SP


O amor do garoto Levi, de 9 anos, pelo futebol começou muito cedo. Cego por conta de um glaucoma congênito, ele se acostumou a chutar bolas com guizos incentivado pelo irmão Isaac, de 15, que nasceu com a mesma patologia, e a acompanhar pelo rádio as partidas do Palmeiras, seu time de coração. No ano passado, essa paixão futebolística lhe proporcionou a primeira parte de um sonho: entrar em campo ao lado do jogador Endrick, hoje no Real Madrid, em um jogo no estádio palmeirense. Já no último dia 7, aconteceu a segunda parte: Levi passou a treinar com a Seleção Brasileira de futebol de cegos no Campo de Treinamento de Base, projeto criado em 2022 pela CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) com o intuito de lapidar futuros talentos das modalidades administradas pela Confederação. 


Orientado pela comissão técnica do professor David Xavier, especialista em atividades físicas adaptadas à inclusão, Levi treinou ao lado de outros 14 meninos no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. O jeito com a bola nos pés já chama a atenção, como pode ser visto no vídeo abaixo que foi pulicado no Instagram da CBDV:

 
 
 
 
 
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Sua maior fã é a mãe, Aline Benevides, que já acompanhava o filho mais velho na base da Seleção – Isaac participa do mesmo projeto há quatro anos. "O outro já gostava de futebol desde pequenininho, então, o mais novo chutava bola com guizo desde os 3 aninhos. Ele pegou uma mobilidade boa, gosta bastante. E é torcedor assíduo de futebol, acompanha os jogos tanto do futebol de cegos quanto do convencional. Ouve muitos jogos, sabe até narrar (risos)!", conta a mãe de Levi, que esteve com ele em dois encontros com o atacante Endrick antes do atleta deixar o Brasil para ir jogar na Espanha.

 

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Levi está usando uma camisa do Palmeiras e óculos escuros. Ele está sorrindo e toca no cabelo de Endrick, que está inclinado em sua direção. Foto: Reprodução/ TV Palmeiras.

 

Apesar da pouca idade do filho nascido em Itaquaquecetuba, em São Paulo, Aline não pensou duas vezes quando pintou a oportunidade da convocação de Levi: "O coração da mãe fica apertadinho, porque ele é muito novo, mas senti confiança nele porque tem autonomia boa. Para a mãe, será sempre um bebê. Mas ele mostrou felicidade em querer muito isso, então, concordei. Eu sei do suporte que existe, de tudo o que a CBDV faz por esses atletas e o que proporciona a eles de aprendizado. Sei que ele não teria esse tipo de oportunidade em outro lugar", diz ela.


Colega de Levi apareceu chutando bola de goalball


Levi não é o único pequeno que participou pela primeira vez do Campo de Treinamento de Base do futebol de cegos. O cearense Danilo, de 10 anos, também ganhou uma oportunidade após um vídeo seu chegar ao conhecimento do professor David Xavier. Detalhe: no vídeo, ele não chutava uma bola de futebol, mas marcando um gol com uma bola de goalball (que é bem mais pesada!): "Parecia uma bola de basquete!", relembra o garoto, que tem glaucoma congênito e retinopatia da prematuridade.


Assim como no caso de Levi, a mãe de Danilo também entendeu que, apesar de muito novo, o filho havia conseguido uma chance única que não poderia ser desperdiçada: "Como mãe, no início, eu fiquei apreensiva, pois ele nunca tinha viajando sem a família antes. Mas me tranquilizei, pois vi que os profissionais são todos responsável e passam confiança. E é uma oportunidade única e importante para ele. O futebol de cegos é de suma importância para promover a socialização e a igualdade para a pessoa com deficiência", acredita Daniele Sousa.

 

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Dois meninos em um campo de futebol coberto. Danilo, à esquerda, está tocando a testa com a mão, enquanto Jonatas, à direita, está usando um colete roxo sobre a camiseta. Ambos estão vestindo camisetas escuras com logotipos da CBDV. O fundo mostra uma área desfocada do campo e a banda lateral. Foto: Renan Cacioli/ CBDV.

 

Neste ano, estão previstas outras cinco edições dos Campos de Treinamento de Base. Você pode conferir o calendário NESTE LINK.

 

Patrocínio

A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do futebol de cegos, goalball e judô paralímpico brasileiros.


Comunicação CBDV
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Brenda Mendes
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