Arbitragem brasileira passa por avaliação internacional na Série A

26/09/2022
São Paulo/SP

O Campeonato Brasileiro - Série A reúne o que há de melhor da modalidade no país, inclusive no quesito arbitragem. Dos 17 árbitros locais convocados para apitar a competição, quatro são do chamado Nível Internacional, ou seja, estão aptos a atuarem em torneios mundiais. E três deles vêm sendo avaliados pelo Coordenador de Arbitragem da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos), Bülent Kimyon, que veio ao Brasil após a Federação aprovar a solicitação da CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) para uma clínica em São Paulo ao longo do evento.

"O campeonato tem um nível alto. Então, é uma grande oportunidade para a arbitragem ser testada, são muitos jogos, muitas situações. E os árbitros daqui são realmente bons", elogia o ex-árbitro turco. "Você pode ser o melhor no seu país, mas, quando vai para eventos da IBSA, todos precisam estar em um determinado nível equivalente. Então, aqui trago coisas diferentes para serem discutidas e observo as partidas. E os árbitros também acabam trazendo ótimas questões, acaba sendo desafiador para os dois lados. Eu fui árbitro durante 25 anos e sempre surge algo novo para ser debatido", aponta.

A chamada recertificação acontece de quatro em quatro anos, quando há a revisão nas regras. Atualmente, o Brasil conta com sete árbitros de Nível Internacional, que vai de 1 a 3 (quanto maior o número, mais alta a gradação): Liana Garcia é a única Nível 3. De Nível 2, são a atual Coordenadora Nacional de arbitragem, Fabiana Milioransa, além de Kelly Gradwool e David Tibaldi – este é o trio que tem sido avaliado durante a Série A. Já de Nível 1, são Larissa Guimarães, Joaquim Souza e Max Marcucci.

"É extremamente importante termos árbitros no quadro internacional. Essa recertificação é um processo obrigatório da IBSA. Se não passarmos por ele, somos rebaixados e não podemos ser convocados para os torneios. Foi essencial esse projeto da CBDV que permitiu a vinda do coordenador internacional", explica Fabiana. "Existe um programa que define a gradação. Por exemplo, para Nível 1 Internacional, você precisa ter dois anos apitando nacionalmente. Depois, são necessários mais dois anos para tentar subir ao Nível 2 com, no mínimo, quatro jogos em eventos internacionais. E a clínica é importante justamente por isso, para qualificar nosso quadro", diz a Coordenadora Nacional. Durante a Série B, que será realizada de 25 a 29 de outubro, outros oito árbitros brasileiros passarão por avaliação para buscar o ingresso no quadro da IBSA.

Apito em ação na segunda rodada

Os rapazes e as mulheres de preto (cor utilizada no uniforme da arbitragem) apitaram mais 12 partidas nesta segunda-feira, que contou com vários duelos bastante equilibrados, principalmente no torneio feminino. O Instituto Athlon-SP, por exemplo, fez uma partida eletrizante contra o Santos-SP para vencer por 5 a 4, mesmo placar do triunfo apertado das meninas do ICB-BA (Instituto de Cegos da Bahia) sobre o Ierc-RN (Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do Rio Grande do Norte).

Nesta terça, o campeonato terá mais 12 jogos no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Confira a tabela:

Este é o maior Brasileiro já realizado pela CBDV: são 15 equipes no torneio masculino e 12 no feminino que se enfrentam em turno único dentro de seus grupos até que se conheçam os oito melhores na classificação geral para fazerem as quartas de final. As finais, marcadas para 30 de setembro (feminino) e 1º de outubro (masculino), serão transmitidas ao vivo pelo SporTV 3. Já as semifinais e as disputas pelo bronze passarão no Facebook e no YouTube do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).

CLIQUE AQUI para acessar a GALERIA DE IMAGENS da competição. 

Patrocínio

A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do goalball brasileiro.

Comunicação CBDV
Renan Cacioli
[email protected]
+ 55 11 99519 5686 (WhatsApp)