Arthur e Wilians conquistam o ouro para o judô brasileiro no Azerbaijão
Arthur, que está de costas e veste quimono branco, derruba Tenório, que usa quimono azul e aparece de frente para a imagem. Fotos: Divulgação.

Arthur e Wilians conquistam o ouro para o judô brasileiro no Azerbaijão

por Comunicação CBDV publicado 2023/09/27 16:03:30 GMT-3, Última modificação 2023-09-27T16:03:30-03:00
Encerramento do Grand Prix de Baku tem ainda duas pratas, para Antônio Tenório e Rebeca Silva; Brasil fecha evento em terceiro

27/09/2023
São Paulo/SP


O Brasil fechou nesta quarta-feira (27) sua participação no Grand Prix de Baku, no Azerbaijão, com duas medalhas de ouro para os judocas Arthur Silva, categoria até 90 kg para atletas J1 (cegos totais), e Wilians Araújo (acima de 90 kg J1), e duas pratas: Antônio Tenório, derrotado por Arthur na final, e Rebeca Silva, da categoria acima de 70 kg para atletas J2 (baixa visão). Com as três conquistas do primeiro dia do evento, o país encerrou sua campanha na terceira colocação geral, com sete pódios: dois ouros, três pratas e dois bronzes. O Uzbequistão (nove medalhas ao todo, sendo seis de ouro e três de bronze) e a China (seis medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e duas de bronze) foram os dois primeiros colocados.


Esta foi a terceira etapa do circuito internacional da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) em 2023. A primeira, realizada em Almada (Portugal), em janeiro, teve o Brasil campeão com 15 medalhas ao todo. A segunda foi em Alexandria, no Egito, quando a Seleção ficou na quinta colocação indo ao pódio seis vezes. A quarta e última etapa do ano está marcada para Tóquio, no Japão, em dezembro, um mês após o Parapan de Santiago, no Chile, para o qual o Brasil teve 15 judocas convocados ontem. Todos esses eventos são classificatórios para Paris 2024.


"Mais uma vez, campeão do Grand Prix! Gratidão é a palavra. Tenho só de agradecer à CBDV, ao CPB, ao Ministério do Esporte, Programa Bolsa Atleta, a todos os meus patrocinadores e aos torcedores também. Estamos juntos!", comemorou Arthur, líder do ranking mundial que na final derrotou o lendário Antônio Tenório, maior vencedor de todos os tempos da modalidade com seis medalhas paralímpicas (quatro ouros, uma prata e um bronze) e atual décimo melhor do mundo. Desde o ano passado, Arthur, que é potiguar e tem 31 anos, venceu todas as etapas do circuito mundial: três em 2022 e três em 2023. Ele ainda foi bronze no Campeonato Mundial do ano passado, disputado também em Baku, e prata nos Jogos Mundiais da IBSA deste ano, na Inglaterra.

 

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Arthur está de frente e ergue o punho direito fechado para comemorar a vitória.


Outro que vem dominando sua categoria no judô paralímpico é o paraibano Wilians Araújo. Atual campeão mundial dos pesos-pesados, ele vinha de um ouro nos Jogos Mundiais da IBSA e de um bronze no Grand Prix de Almada. Para subir no lugar mais alto do pódio novamente, ele venceu seus três combates nesta quarta, incluindo a final diante do turco Onur Tastan, quarto do ranking na categoria: "Fala, galera! Para quem estava na torcida, eu tive a oportunidade de ser campeão, mais uma medalha de ouro para o Brasil, é uma honra estar representando o país em mais um evento internacional", falou Wilians.

 

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Wilians é o segundo da esquerda para a direita e está ao lado dos demais medalhistas dos pesos-pesados em Baku.


A quarta medalha do dia para o Brasil veio com a paulista Rebeca Silva, de 22 anos. Após ganhar dois combates, ela encarou na final uma atleta que nem sequer aparece listada no último ranking mundial, a cazaque Aidana Gazizkyzy, que já havia eliminado a também brasileira Meg Emmerich logo na estreia. Aidana voltou a surpreender e venceu, deixando a prata para Rebeca, que lidera o ranking na categoria – Meg, quarta melhor do mundo, acabou passando pela repescagem e lutou pelo bronze, mas perdeu da cubana Sheyla Hernandez Estupinan, derrotada por Rebeca na semi e quinta colocada no ranking.

 

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Rebeca é a primeira da esquerda para a direita e segura sua medalha ao lado das demais medalhistas do peso.

 

O judô é uma das modalidades que mais rendeu medalhas ao país na história das Paralimpíadas: foram 25 ao todo, sendo cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes.

 

Patrocínio

A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do judô paralímpico brasileiro.

 

Comunicação CBDV

Renan Cacioli

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