Arthur Silva é ouro, e Brasil termina Grand Prix da Geórgia com nove medalhas
Oito dos nove medalhistas do Brasil na Geórgia posam perfilados à frente do backdrop da competição, que tem lona branca com diversas logos de patrocinadores. O carpete onde os judocas estão pisando é cinza. Wilians, o primeiro da esquerda para a direita, e Rosi e Harlley, os dois últimos, estão com uniformes de passeio do Brasil. Alana, Brenda, Arthur, Érika e Marcelo vestem quimonos brancos. Todos estão com as respectivas medalhas ao redor do pescoço. Foto: Divulgação/ CBDV.

Arthur Silva é ouro, e Brasil termina Grand Prix da Geórgia com nove medalhas

por Comunicação CBDV publicado 2024/05/19 16:33:00 GMT-3, Última modificação 2024-06-12T10:28:42-03:00
Seleção Brasileira de judô paralímpico conquista ainda quatro pratas e um bronze e fica na quarta colocação geral do qualificatório

19/05/2024
São Paulo/SP


A Seleção Brasileira de judô paralímpico conquistou neste domingo (19) mais seis medalhas, sendo uma de ouro, com Arthur Silva (até 90 kg J1), quatro de prata, com Brenda Freitas (até 70 kg J1), Érika Zoaga (+70 kg J1), Alana Maldonado (até 70 kg J2) e Wilians Araújo (+90 kg J1), e uma de bronze, com Marcelo Casanova (até 90 kg J2), e terminou o Grand Prix de Tiblissi, na Geórgia, na quarta colocação geral, com nove pódios ao todo – Rosi Andrade (até 48 kg J1) e Elielton Oliveira (até 60 kg J1) já haviam sido prata e Harlley Arruda (até 73 kg J1), bronze, no primeiro dia de competição. A China foi a campeã do evento, com quatro medalhas douradas e duas de bronze, seguida pelo Cazaquistão, que somou dois ouros, duas pratas e dois bronzes, e da Ucrânia, com dois ouros e quatro bronzes.


Na primeira etapa do circuito deste ano, disputada em Heidelberg, na Alemanha, em fevereiro, o Brasil conquistou seis medalhas, e ficou em terceiro na classificação geral, mesma posição obtida em Antalya, na Turquia, em abril, quando o país somou oito pódios. Este foi o último torneio qualificatório da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Assim que a Federação atualizar o ranking, o Brasil saberá exatamente quantos atletas irão defender o país na capital francesa, em agosto. Antes do Grand Prix da Geórgia, eram 13 classificados das 16 categorias previstas.


Vale lembrar que o judô paralímpico é uma das modalidades que mais rendeu medalhas ao país na história das Paralimpíadas: foram 25 ao todo, sendo cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes.


Arthur confirma boa fase e vai como favorito a Paris


Desde que a IBSA mudou as regras do judô paralímpico, em janeiro de 2022, o potiguar Arthur Silva esteve no pódio de todas as competições que disputou, incluindo o Mundial de Baku 2022, quando foi bronze. Este ano, ele venceu as duas etapas do Grand Prix nas quais lutou, em Heidelberg e, agora, em Tiblissi. Líder do ranking mundial em sua categoria, ele é favorito a medalhar nos Jogos de Paris 2024. A caminhada ao topo neste domingo teve vitórias sobre o italiano Valerio Teodori, oitavo do mundo, o argelino Youcef Radjai, que não consta ainda no ranking, e o britânico Daniel Poewll, terceiro na lista.


"Campeão aqui na Geórgia, muito feliz com mais este resultado. Acredito que estamos no caminho certo, os resultados vêm mostrando isso. Seguimos agora na preparação aos Jogos Paralímpicos para os últimos ajustes", disse o judoca de 32 anos, que jamais ganhou uma medalha em Paralimpíadas.


Outro brasileiro que lidera sua categoria e tem grandes chances de garantir medalha ao Brasil em Paris é o paraibano Wilians Araujo, que hoje perdeu a final dos pesos-pesados para Ion Basoc, da Moldávia, segundo do mundo e a quem o brasileiro derrotara em Heidelberg. "Mais um evento importante e um resultado que me faz chegar em Paris no fim deste ciclo como líder do ranking e em busca dessa medalha de ouro que a gente tanto sonha", falou o atleta de 32 anos, atual campeão mundial e medalhista de prata na Rio 2016.


Várias pratas para as mulheres


Já garantidas nos Jogos Paralímpicos, Brenda Freitas, Érika Zoaga e Alana Maldonado bateram na trave na briga pelo ouro na Geórgia. Brenda, líder do ranking mundial e terceira no ranking paralímpico (que leva em conta menos torneios e desconta atletas do mesmo país na corrida pela vaga, por isso a diferença), perdeu para a chinesa Li Liu, sua algoz em Heidelberg, mesmo caso de Alana Maldonado, derrotada na sua terceira competição consecutiva pela chinesa Yue Wang. Érika, que havia levado o ouro na Turquia, desta vez perdeu para a ucraniana Anastasiia Harnyk, atualmente na ponta da lista classificatória para Paris.


Por fim, o último pódio brasileiro em Tiblissi veio com o gaúcho Marcelo Casanova, quarto do ranking mundial na categoria até 90 kg para atletas J2 (baixa visão), derrotado na semifinal pelo ucraniano Davurkhon Karomatov, acima do brasileiro nos dois ranqueamentos. Na repescagem, Casanova bateu o alemão Daniel Goral e conquistou seu primeiro pódio na temporada. Com 20 anos, ele será o judoca mais novo do país em Paris.


O Brasil teve outros quatro representantes lutando hoje, mas nenhum chegou ao pódio: Larissa Silva (57 kg J1), Rebeca Silva (+70 kg J2), Sérgio Fernandes (+90 kg J2) e Millena Ribeiro (+70 kg J1) – uma das quatro revelações da Seleção de base convocadas para ganhar experiência e começar a preparação de olho no próximo ciclo paralímpico. Larissa, Rebeca e Sérgio ficaram com as quintas colocações, o que rende 120 pontos no ranking. Millena foi a sétima na categoria acima ade 70 kg para atletas J1 (cegos totais), a mesma de Érika.

 

Patrocínio

A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do futebol de cegos, goalball e judô paralímpico brasileiros.


Comunicação CBDV
Renan Cacioli
[email protected]
+ 55 11 99519 5686 (WhatsApp)

Voltar ao topo