Brasil ganha mais duas vagas, e judô terá 15 atletas nos Jogos de Paris
19/07/2024
Curitiba/PR
O Brasil terá mais dois judocas em ação nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, além dos 13 que já haviam sido oficialmente convocados no último dia 11. O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) informou nesta sexta (19) ter recebido convites nominais enviados pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) a duas atletas: a paraense Larissa Silva, de 24 anos, da categoria até 57 kg para atletas J1 (cegos totais), e a sul-mato-grossense Kelly Victório, de 20, da categoria até 70 kg da classe J2 (baixa visão). Ambas se juntarão à delegação que embarca para a França no dia 22 de agosto.
Agora, o país estará representado em 14 das 16 categorias presentes no programa do judô paralímpico. Somadas as convocações das três modalidades da CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais), serão 37 atletas e 25 membros de comissão técnica, totalizando 62 pessoas, a maior delegação da Confederação na história.
Atleta do CFCP-PA (Clube de Futebol para Cegos do Pará), Larissa se encontra atualmente na oitava colocação do ranking paralímpico. Sua categoria classificou diretamente as seis primeiras colocadas. O Brasil enviou o pedido de vaga bipartite, que foi aceito pelo IPC. A atleta, que teve Síndrome de Stevens-Johnson (doença rara e grave da pele e das membranas mucosas) aos cinco anos, começou no judô paralímpico aos 12, por indicação. Chegou a passar pela Seleção de jovens e, desde 2022, ingressou na adulta. Dentre suas principais conquistas, estão os bronzes no Pan-Americano da IBSA de Edmonton, no Canadá, e no Grand Prix de Nur-Sultan, no Cazaquistão, ambas em 2022.
Já Kelly ainda vinha integrando a Seleção de base, pela qual foi medalhista de ouro no Parapan de Jovens 2023, em Bogotá, na Colômbia. A atleta do Ismac-MS (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas), que teve má-formação no nervo óptico, o que lhe causou baixa visão nos dois olhos, ocupava a décima colocação do último ranking paralímpico divulgado pela IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos). Ela luta na mesma categoria da atual campeã paralímpica Alana Maldonado, em uma categoria que também distribuiu seis lugares nos Jogos de Paris. Com a inelegibilidade de várias judocas que estavam à sua frente, Kelly acabou ficando com a vaga.
Vale lembrar que o judô paralímpico é a terceira modalidade que mais rendeu medalhas ao país na história das Paralimpíadas: foram 25 ao todo, sendo cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes. Somadas as três modalidades administradas pela CBDV que integram a programação dos Jogos, a CBDV já garantiu ao país 33 pódios: além dos 25 com o judô paralímpico, foram cinco com o futebol de cegos e três com o goalball. CLIQUE AQUI E CONFIRA TODOS OS ATLETAS MEDALHISTAS DA CBDV NA HISTÓRIA DOS JOGOS PARALÍMPICOS.
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