CBDV define quatro objetivos estratégicos no planejamento até 2030
02/08/2022
São Paulo/SP
A CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) definiu seu Planejamento Estratégico para os próximos oito anos. A confecção do documento – que está em fase de ajustes finais ante de ser disponibilizado na íntegra – contou com a participação de todos os segmentos (atletas, corpo técnico, membros diretivos e parceiros), algo inédito na história da entidade. Este material dá as diretrizes e define quatro objetivos principais a serem cumpridos no período 2022-2030. São eles:
- Trabalho em rede: ampliação, aprimoramento e gestão de parcerias
Implementar uma política permanente para o desenvolvimento, ampliação e manutenção de parcerias. - Produção e difusão do conhecimento
Desenvolver estratégia focada na produção, difusão e intercâmbio do conhecimento relacionado à prática paradesportiva de pessoas cegas e com baixa visão, bem como na gestão de organizações e formação de lideranças. - Aprimoramento técnico, logístico e comunicacional
Estabelecer e aprimorar, fluxos, ferramentas, regulamentos e equipes, com foco na melhoria contínua das ações de caráter técnico, logístico e comunicacional. - Gestão e governança
Aprimorar o modelo de gestão e a estrutura organizacional de modo a implementar e atualizar os procedimentos orientados à melhoria contínua das práticas de governança.
"Este documento é uma marco histórico. A Confederação precisa estar em constante processo de aprimoramento. Somos uma entidade vencedora, e os resultados de nossos atletas comprovam este fato, mas não podemos deixar de olhar para o todo e entender o que precisa ser ajustado e melhorado, interna e externamente", disse o presidente da CBDV, José Antônio Freire.
O Planejamento Estratégico foi iniciado com uma etapa diagnóstica, na qual se mapeou a percepção sobre as ações da CBDV. Este mapeamento passou por três fases: revisão detalhada de documentos (Estatuto Social, Planejamento Estratégico 2013-2016, entre outros); elaboração e validação de um formulário online preenchido de maneira voluntária por atletas e entidades afiliadas à Confederação; entrevistas presenciais com vistas a aprofundar as bases de informações para a análise qualitativa.
Munidos dos resultados deste diagnóstico, 35 pessoas estiveram reunidas no último fim de semana para trabalhar em cima do material analisado e, a partir de palestras e dinâmicas em grupo, colocar em prática as diretrizes do planejamento. O primeiro passo foi identificar forças, fraquezas, ameaças e oportunidades da Confederação. Em seguida, passou-se para a elaboração dos objetivos citados acima e, por fim, foram revisados missão, visão e valores da entidade.
"O planejamento é essencial na medida em que os cenários se transformam, e uma Confederação com a responsabilidade da CBDV precisa adequar o seu posicionamento e as suas diretrizes de gestão", explicou o professor Carlos Ferrari, um dos consultores que conduziram os trabalhos. "Esse planejamento foi concebido tendo por principal pilar estruturante o aspecto participativo, ou seja, não foi um planejamento de gabinete. Ele contemplou, desde a etapa diagnóstica, todos os segmentos, reafirmando a tendência da Confederação de dar voz a esses diversos atores e colocá-los no centro do debate como protagonistas", completou Ferrari, que é mestre em Administração pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul).
"O evento é importantíssimo para que tenhamos troca de informações e conhecimento sobre o que foi apurado e deve ser melhorado. Os atletas precisam saber do caminho a seguir. A criação do Conselho de Atletas já foi um passo nesse sentido, de participarmos mais das decisões", avaliou Leandro Moreno, presidente do Conselho de Atletas da CBDV.
CPB é parceiro fundamental
Durante toda a jornada imersiva, a parceria com o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) foi destacada como um dos pontos fortes da CBDV no seu planejamento para o futuro. Não à toa, o presidente do Comitê, Mizael Conrado, participou das atividades e teve voz ativa na discussão dos objetivos. "É muito bonito quando a gente fala em gestão democrática, mas algo muito desafiador. A governança é muito boa para a organização, mas muitas vezes pode ser desconfortável para o dirigente. Então, o que a Confederação está fazendo é extremamente importante e trará benefícios a ela futuramente", observou o dirigente.
Comunicação CBDV
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