Com pódio 100% brasileiro garantido, Rebeca e Meg voltam a se encontrar
29/06/2022
São Paulo/SP
Na categoria acima de 70 kg do torneio feminino do IBSA Grand Prix de São Paulo, já é certo que a torcida da casa ouvirá o Hino Nacional Brasileiro. Resta saber quem estará no topo do pódio, a paulista Rebeca Silva, de 21 anos, ou sua conterrânea Meg Emmerich, de 35. Adversárias em quase todos os principais eventos do judô paralímpico nos últimos anos, elas são as únicas inscritas em sua chave na classe J2 (baixa visão) e farão um duelo melhor de três para decidir quem leva o ouro. As lutas dessa categoria serão disputadas no domingo (3), com transmissão ao vivo no YouTube da CBDV (link AQUI) e da IBSA (link AQUI).
Mais experiente, Meg tem levado a melhor sobre a colega da Seleção Brasileira. Foi assim no Parapan de Lima 2019, quando elas fizeram a final do evento, na decisão do Grand Prix do Uzbequistão de 2019, do Pan do Canadá e do Aberto da Alemanha de 2020, além das semifinais das etapas de Grand Prix de Baku e Warwick, no ano passado. Após o bronze conquistado nos Jogos de Tóquio, Meg precisou dar um tempo para se recuperar fisicamente. Esta será a primeira competição desde a volta aos tatames.
"Minha expectativa é de ganhar uma medalha para o Brasil, que já vem de uma campanha muito boa com diversos colegas bem ranqueados. Espero começar bem, também, minha corrida para esse novo ciclo rumo a Paris 2024", aposta a atleta, que nasceu com atrofia no nervo óptico e iniciou no judô em 2002, aos 15 anos de idade.
A pausa da oponente abriu caminho para que Rebeca ascendesse ao posto de líder do ranking mundial graças a campanhas perfeitas e douradas nos Grand Prix de Antalya, na Turquia, e Nur-Sultan, no Cazaquistão, quando ajudou o Brasil a ficar na primeira colocação do quadro geral de medalhas. Agora, ela espera repetir a dose diante de amigos e familiares.
"É muito importante ter esse campeonato. Dá para aproveitar bastante o apoio da torcida. Todo mundo está empolgado. Acredito que conseguiremos bons resultados", diz a judoca, que nasceu com ACL (Amaurose Congênita de Leber), doença degenerativa hereditária rara que afeta a retina. Rebeca chegou a praticar atletismo, natação e goalball antes de migrar para o judô, em 2013.
Neste mesmo peso, mas na classe J1 (cegos totais), o Brasil estará representado pela sul-mato-grossense Erika Zoaga, de 34 anos. "Não tenho nem palavras para explicar a emoção que sinto em representar meu país, ainda mais lutando dentro de casa. Espero fazer um excelente campeonato e chegar no meu objetivo, que é ser campeã", diz a judoca, que nasceu com glaucoma congênito. Será sua segunda competição na temporada, depois da prata no Grand Prix do Cazaquistão.
Sobre o Grand Prix
A terceira etapa do circuito da IBSA reunirá nove dos 16 atuais líderes do ranking mundial do judô paralímpico no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, localizado na Rodovia dos Imigrantes, km 11,5, em São Paulo. A competição é aberta ao público. Confira a programação do evento (horários sujeitos a alterações):
Dia 1/7 (sexta-feira)
19:30 - sorteio do chaveamento
Dia 2/7 (sábado)
11:30 - início das lutas preliminares (48 kg, 57 kg, 60 kg e 73 kg)
15:30 - finais (48 kg, 57 kg, 60 kg e 73 kg)
Dia 3/7 (domingo)
11:30 - início das lutas preliminares (-70 kg, +70 kg, -90 kg, +90 kg)
15:30 - finais (-70 kg, +70 kg, -90 kg, +90 kg)
Apoio
A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) e a FP Judô (Federação Paulista de Judô) são parceiras da CBDV na organização do evento.
Comunicação CBDV
Renan Cacioli
[email protected]
+ 55 11 99519 5686 (WhatsApp)