Feito dos 'maiores da turma' serve de exemplo para base do futebol de cegos
06/09/2022
São Paulo/SP
Referências. Em qualquer etapa de desenvolvimento de uma criança, são elas que inspiram e direcionam. No caso dos garotos da Seleção de base de futebol de cegos, convocados nesta terça-feira (6) para mais um Campo de Treinamento, o modelo a ser seguido ficou ainda mais próximo da realidade deles após o título do Grand Prix que o Brasil conquistou no último sábado, na França, tendo em campo um grupo cuja média de idade era de 19 anos – seis anos a mais que a média dos 14 jogadores listados pelos professores Antônio Bahia e David Xavier para o período de atividades entre os dias 24 deste mês e 1º de outubro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Será o quarto encontro neste ano, quando a CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) teve a iniciativa de criar comissões técnicas específicas para trabalhar com jovens atletas.
"Faz toda a diferença ter essa referência, principalmente dentro desse conceito de equipe de transição. Eles sabem que há um longo caminho até a Seleção principal, mas terão outras inúmeras oportunidades até lá para representar o Brasil", explica o técnico David Xavier. Confira a relação de convocados e a idade de cada um (CLIQUE AQUI para obter o arquivo em pdf):
NOME |
POSIÇÃO |
IDADE |
CLUBE |
LUCAS GABRIEL ARAÚJO DE SOUZA |
goleiro |
16 |
ADESUL/CE |
PAULO GABRIEL A. BARBOSA |
goleiro |
17 |
APACE/PB |
LUIS FELIPE DA SILVA CAVALCANTE |
fixo/ala defensivo |
16 |
APADV/SP |
CARLOS HENRIQUE A. MARREIRO |
ala defensivo |
15 |
IEACN/PB |
OTÁVIO LUCAS SANTIAGO DE OLIVEIRA |
ala ofensivo |
16 |
AM PARADESPORTO/BH |
BRUNO CÉSAR LIMA ARAÚJO |
ala ofensivo/pivô |
18 |
AM PARADESPORTO/BH |
JHONATHAN SILVA DOS SANTOS |
ala/pivô |
8 |
ADESUL/CE |
JEREMIAS FERNANDES DE SOUZA |
ala |
9 |
ADESUL/CE |
JOSÉ GOMES BEZERRIL NETO |
fixo |
14 |
IERC/RN |
JOAO PEDRO NOGUEIRA DA SILVA |
ala ofensivo |
10 |
IEACN/PB |
RYAN PABLO DOS SANTOS ARRUDA |
ala defensivo |
12 |
IEACN/PB |
RENER PIETRO SANTOS SILVA |
ala ofensivo |
10 |
IEACN/PB |
ISAC COSTA ALMEIDA BENEVIDES |
pivô |
12 |
ADESUL/CE |
LEVI NERES QUEIROZ |
ala ofensivo |
11 |
CEIBC/RJ |
Claro que o objetivo principal das atividades desenvolvidas ainda não está no alto rendimento. Trata-se, literalmente, de ensinar os primeiros passos em campo e adequar o nível de quem já tem um pouco mais de noção com o daqueles que nunca haviam conduzido uma bola antes. Para ilustrar melhor, David explica um dos exercícios feitos: um garoto que conduz melhor a bola sai com ela na frente e, agarrado à sua cintura, vem outro que também tem um colega preso à cintura, formando um "trenzinho". A ideia é simples, mas eficaz: quem está atrás precisa repetir o movimento do líder para conseguir acompanhar o ritmo.
"A gente trabalha a parte coletiva e a parte individual de motricidade. Fazemos atividades lúdicas onde conseguimos perceber a consciência corporal de cada um e, por meio disso, corrigir individualmente. Essas atividades são sempre com dinâmicas do esporte, do futebol de cegos, para entender a necessidade de cada um. É bem desafiador, vira um quebra-cabeça para nós. Essa troca entre eles, entre um que sabe mais do que o outro, acaba sendo muito importante também socialmente", conta David.
Patrocínio
A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do futebol de cegos brasileiro.
Comunicação CBDV
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