Árbitros brasileiros de goalball se destacam e ganham nova certificação internacional

14/04/2025
São José dos Campos/SP

Uma das maiores potências do goalball no mundo, o Brasil costuma fazer bonito em quadra na hora das defesas e arremessos, mas não é só com os atletas paralímpicos que o país se destaca na modalidade. A arbitragem brasileira também segue em alta e acaba de qualificar mais três profissionais em clínicas internacionais: a paranaense Fabiana Milioransa, de 38 anos, foi certificada com o Nível 3, o mais alto do apito no goalball, durante torneio realizado na Lituânia. Ainda na Europa, mas na Alemanha, o mato-grossense Joaquim Borges, de 40 anos, e a mineira Larissa Guimarães, de 34, passaram para o Nível 2. 

"Sensação de felicidade e missão cumprida indescritível", disse "Fabi", que este ano completa 18 anos trabalhando como árbitra de goalball. O Nível 3 que ela acaba de alcançar é onde estão os árbitros aptos a apitarem partidas em Campeonatos Mundiais e Jogos Paralímpicos, os dois eventos mais importantes do paradesporto. Ela foi aprovada em avaliações teóricas e práticas realizadas durante o Torneio Internacional de Trakai, que rolou entre os dias 9 e 13 de abril. O torneio, que não contou com participação de times brasileiros, reuniu clubes nacionais masculinos, femininos e sub-23 já sob as regras atualizadas da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos), que foram oficializadas em fevereiro.

A paulista Kelly Gradwool, de 35, que participou da mesma clínica, não conseguiu a aprovação para o Nível 3, mas ela poderá tentar novamente em outra oportunidade e permanece com a certificação atual de Nível 2.

Já os outros dois árbitros do Brasil recém-qualificados estiveram presentes na Nations Cup, em Berlim, competição na qual a Seleção Brasileira masculina, então campeã, acabou eliminada nas quartas de final, na semana retrasada. "Hoje, retorno com um coração mais maduro, com olhos que enxergam além do quadro da quadra, e com a certeza de que a responsabilidade agora é ainda maior. Mas também é maior o orgulho, a entrega, o amor por esse esporte que me transformou", escreveu Larissa, em sua conta no Instagram. Ela e Joaquim ficam, agora, a um degrau da qualificação máxima da arbitragem na modalidade.

CBDV mantém estratégia no Regional Sudeste 2

A qualificação de seu quadro de árbitros é uma estratégia permanente da CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais), que, além de promover a ida de alguns profissionais para clínicas fora do país, também segue realizando cursos pelo Brasil e algumas clínicas internas. Nesta semana, por exemplo, durante o Regional Sudeste 2, que será disputado em São José dos Campos (SP) entre os dias 15 e 19, a Confederação organizará uma clínica de arbitragem para certificar ou recertificar dez árbitros que já integram o quadro nacional – cinco deles buscarão o Nível 1, o primeiro na escala internacional.

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