Ascensão rápida não ilude goalball do Brasil no Parapan de Lima
Por Comunicação CBDV
São Paulo/SP
Já classificado para Tóquio 2020 tanto no masculino quanto no feminino, o goalball do Brasil chega com o papel de favorito em Lima, no Peru, para a disputa dos Jogos Parapan-Americanos. Os homens vêm de dois ouros – Toronto (2015) e Guadalajara (2011) –, enquanto as mulheres defendem o título da última edição.
Esse cenário de domínio é relativamente recente, mas não ilude os dois times. Foi apenas a partir de 2011, justamente no Parapan mexicano, que a modalidade se consolidou com o primeiro lugar no masculino e o vice no feminino, e não parou mais de evoluir.
"A nossa expectativa é de conquistar a medalha de ouro aqui em Lima. Queremos chegar à final da competição, mostrar que estamos fortes e dar um recado às outras equipes, sempre já de olho nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020", disse o ala Leomon Moreno, durante entrevista coletiva na segunda-feira.
Desde aquela conquista em Guadalajara, o Brasil faturou duas medalhas olímpicas com os rapazes, uma prata em Londres-2012 e um bronze no Rio-2016. Eles ainda se sagraram bicampeões do mundo – 2014, na Finlândia, e 2018, na Suécia –, títulos que conduziram a seleção masculina ao topo do ranking mundial.
"O torneio é o mais importante que temos nesse ano. Estamos com uma expectativa muito boa, já que o Brasil é o atual bicampeão. Sabemos da potência que somos na América. E estamos extremamente motivados", garante o técnico Alessandro Tosim. Na opinião dele, além dos já tradicionais Canadá e Estados Unidos, é bom ficar atento à Argentina, adversária da estreia da seleção, domingo (25), às 13h15 (de Brasília): "Acho que ela já tem força para estar entre as três primeiras da América".
No mesmo caminho
Terceira melhor do mundo, atrás de Turquia e China, a seleção brasileira feminina também vem crescendo a passos largos na modalidade. Além do ouro no Parapan de Toronto, há quatro anos, a equipe conquistou o bronze em Guadalajara-2011 e um inédito bronze no Campeonato Mundial de 2018, na Suécia, feito que a garantiu em Tóquio.
Recentemente, no Mundial de jovens (para atletas sub-19), a medalha de ouro mostrou que o trabalho está no caminho certo e reservará frutos a serem colhidos lá na frente.
"O Parapan é uma competição importante na preparação para Tóquio. Aqui tem uma atmosfera muito parecida com a de uma Paralimpíada, será mais uma experiência valiosa para algumas atletas", destaca o técnico Dailton Nascimento.
Experiência que para algumas atletas será inédita, como, por exemplo, a pivô Ana Gabriely, estreante em Parapans. "Nossa, é um 'mix' de emoções envolvidas que não há palavras para descrever. É um sonho de atleta sendo realizado. Trata-se de uma das competições mais cobiçadas para quem é do alto rendimento", diz a jogadora, que defende a seleção desde 2016.
Confira a tabela de jogos do Brasil em Lima (horários de Brasília):
MASCULINO
DIA 25 - domingo
13h15: BRASIL x ARGENTINA
DIA 26 - segunda
17h00: BRASIL x MÉXICO
DIA 27 - terça
13h15: BRASIL x GUATEMALA
DIA 28 - quarta
12h00: Quartas de final (se passar)
DIA 29 - quinta
12h30: Semifinal (se passar)
DIA 31 - sábado
19h45: Final (se passar)
FEMININO
DIA 25 - domingo
12h00: BRASIL x CANADÁ
DIA 26 - segunda
14h30: BRASIL x COSTA RICA
DIA 27 - terça
14h30: BRASIL x EUA
DIA 28 - quarta
20h45: BRASIL x PERU
DIA 29 - quinta
20h45: BRASIL x MÉXICO
DIA 30 - sexta
17h00: Semifinal (se passar)
DIA 31 - sábado
18h30: Final (se passar)
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Renan Cacioli
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