Brasil abre Copa do Mundo de judô paralímpico com dois bronzes
Cinco homens, dentre eles o brasileiro Danilo Silva, estão em um pódio de premiação de judô. Três deles estão no pódio, vestindo quimonos brancos e segurando medalhas e flores. O homem no centro está na posição mais alta, indicando que é o vencedor, enquanto os outros dois estão em posições ligeiramente mais baixas, sugerindo que são o segundo e terceiro colocados. Dois homens de terno estão em pé ao lado do pódio, um de cada lado. O fundo tem vários logotipos de patrocinadores e organizadores do evento. O tapete é vermelho e há uma faixa na parte inferior que diz "IBSA JUDO WORLD". Foto: Divulgação.

Brasil abre Copa do Mundo de judô paralímpico com dois bronzes

por Comunicação CBDV publicado 2025/03/24 12:25:00 GMT-3, Última modificação 2025-03-25T09:29:41-03:00
Rosi Andrade e Danilo Silva vão ao pódio na Geórgia, que terá outros dez judocas brasileiros em ação nesta terça-feira

24/03/2025
São Paulo/SP


A Seleção Brasileira de judô paralímpico abriu sua participação na Copa do Mundo da IBSA, em Tbilisi, na Geórgia, com duas medalhas de bronze. A potiguar Rosi Andrade, na categoria até 52 kg para atletas J1 (cegos totais), e o rondoniense Danilo Silva, na até 81 kg J1, subiram ao pódio nesta segunda-feira (24). A competição segue na terça, com outros dez brasileiros em ação. O bloco preliminar com as lutas eliminatórias começa às 3h (de Brasília). Já o bloco com as finais está marcado para 8h. O torneio conta com transmissão ao vivo pelo YouTube da IBSA.


A Copa do Mundo marca a primeira participação dos principais judocas do Brasil em um evento valendo pontos no ranking mundial, principal critério de classificação para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028.


"Eu estou muito feliz. Fiz boas lutas, a gente também vai vendo o que é preciso ajustar. É a primeira competição internacional de um ciclo longo, né? Novo peso, nova categoria. E já estar no pódio é muito gratificante", falou Rosi, de 27 anos, que teve retinopatia da prematuridade, doença ocular que afeta os recém-nascidos prematuros. Medalhista de bronze em Paris 2024, ela é uma das atletas do Brasil que precisou se adaptar às mudanças de pesos implementadas pela Federação Internacional para este novo ciclo – Rosi costumava competir no peso até 48 kg. Na estreia em Tbilisi, derrotou a cazaque Inkar Bauyrzhan. Na semifinal, perdeu da russa Victoria Potapova. Diante de outra russa, Aminat Omarova, veio o combate que lhe valeu a medalha de bronze.

 

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Duas judocas estão se abraçando em um tatame de competição. A russa, à esquerda, está vestindo um quimono branco com o nome "POTAPOVA" e a sigla "NPA" nas costas. Rosi, à direita, está vestindo um quimono azul. Ao lado delas, uma árbitra de cabelo curto e grisalho, vestindo um terno preto e gravata azul, observa a cena. No fundo, há um placar eletrônico com números vermelhos e azuis. O tatame é de cor vermelha e amarela. Foto: Divulgação.



Com apenas 18 anos, Danilo Silva já vem colhendo resultados expressivos desde os tempos de Seleção juvenil. Foi campeão no Parapan de Jovens de Bogotá, em 2023 e do Youth German Open 2024, torneio voltado a atletas de até 21 anos de idade que aconteceu na cidade de Heidelbebrg, na Alemanha. No Grand Prix de Astana, no Cazaquistão, já competindo entre adultos, foi bronze. Agora, conseguiu outro pódio em uma categoria repleta de atletas experientes – a luta da medalha, por exemplo, foi diante do francês Cyril Jonard, trinta anos mais velho do que o brasileiro e dono de três medalhas em Jogos Paralímpicos.


"Essa medalha é muito importante. É um grande primeiro passo para Los Angeles. Espero estar lá e estou fazendo de tudo aqui, deixei o sangue hoje dentro do tatame para conseguir essa medalha", falou Danilo, cuja deficiência é a retinoblastoma, um câncer raro que atinge a retina, especialmente em crianças.


Brasil perde outras duas chances de pódio


Outros seis brasileiros competiram na abertura da Copa do Mundo, mas não conseguiram medalhar. Dois deles, inclusive, foram até a luta valendo bronze e perderam: o jovem Emerson Aguiar, de 17 anos, derrotado pelo indiano Kapil Parmar na categoria até 70 kg J1, e a veterana Lúcia Araújo, de 43, batida pela turca Dondu Yesilyurt na até 60 kg para atletas J2 (baixa visão). Também lutaram Hellen Machado (até 60 kg J2), Elielton Oliveira (até 70 kg J1), Thiego Marques (até 70 kg J2) e Harlley Arruda (até 81 kg J1).


Nesta terça, entram no tatame outros dez nomes da Seleção Brasileira:

  • Larissa Silva (até 60 kg J1)
  • Brenda Freitas (até 70 kg J1)
  • Alana Maldonado (até 70 kg J2)
  • Kelly Victório (até 70 kg J2)
  • Milena Freitas (+70 kg J1)
  • Rebeca Silva (+70 kg J2)
  • Arthur Silva (até 95 kg J1)
  • Marcelo Casanova (até 95 kg J2)
  • Wilians Araújo (+95 kg J1)
  • Sergio Fernandes Jr. (+95 kg J2)

 

Vale destacar que este ano reserva também o Campeonato Mundial, em Astana, no Cazaquistão, de 13 a 15 de maio, e algumas etapas do Grand Prix da IBSA, incluindo uma em São Paulo, entre os dias 9 e 15 de dezembro.


No total, o judô já rendeu ao país 33 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos, sendo nove ouros, 11 pratas e 13 bronzes.

 

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