Federação Internacional oficializa alterações nas regras do goalball
05/02/2025
São Paulo/SP
As atualizações de regras sugeridas pelo Comitê de Esportes de Goalball da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) em sua última reunião, realizada no fim de dezembro, foram oficializadas pela entidade esta semana e já serão aplicadas no ciclo para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028. As principais mudanças são:
- Tempo: o intervalo de jogo, que era de três minutos, passa para cinco minutos. Na prorrogação, os dois tempos de três minutos serão substituídos por um único período de seis minutos, sem intervalo.
- Uniformes: o tamanho dos logotipos de patrocinadores será padronizado nas camisas, que também poderão agora ser numeradas de 1 a 19. Camisas fora de padrão não resultarão mais em penalidade técnica, mas em multa (100 euros).
- Óculos de proteção: todos os eventos oficiais do Comitê Paralímpico Internacional e da IBSA exigirão que os jogadores usem óculos de proteção que tenham um "bico" ou cobertura nasal sobre o nariz.
- "VAR": imediatamente após o jogo, o time pode protestar contra uma decisão da arbitragem usando imagens da transmissão oficial do evento. Não será permitida a utilização de imagens de gravações próprias.
- Condutas antidesportivas: a bola não pode ser deliberadamente deformada pelo atleta antes do arremesso, pressionando-a com as duas mãos ou contra o chão. Assim como estão proibidas provocações ao time rival com insultos ou risadas altas. Ambos os casos resultarão em penalidade por conduta antidesportiva.
Coordenador de arbitragem da modalidade na CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais), Sidnei Mosco analisou as alterações: "Acho importante esses ajustes para a evolução do esporte. Gostei da mudança para cinco minutos de intervalo e apenas um tempo de seis minutos na prorrogação. Acredito que, com maior tempo de recuperação para os atletas, o nível de desempenho possa aumentar. Já a mudança da numeração das camisas requer uma atenção ainda maior da arbitragem, pois agora confundir camisetas 1 com 11, 9 com 19 pode acontecer pelo simples fato de a camiseta estar dobrada, por exemplo. E em relação ao uso da tecnologia, já é um avanço. Por enquanto, só será permitido em caso de protesto, mas é o primeiro passo. Quem sabe, no futuro, a tecnologia possa ser utilizada em casos de lances mais ajustados, diminuindo assim os erros que costumam acontecer pela velocidade das jogadas", explicou.
Vale lembrar que o Brasil conta com representantes no Comitê da IBSA. No fim do ano passado, o técnico da Seleção Brasileira feminina, Alessandro Tosim, e Jônatas Castro, treinador da Seleção masculina, foram eleitos para o órgão. O primeiro, como representante da modalidade nas Américas, enquanto o segundo representa os treinadores masculinos.
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