Gerações do goalball feminino se unem em busca de inédito pódio paralímpico

Gerações do goalball feminino se unem em busca de inédito pódio paralímpico

por Comunicação CBDV — publicado 2021/08/18 00:00:00 GMT-3, Última modificação 2021-08-18T00:00:00-03:00
Reformulada em relação a 2016, Seleção Brasileira testa sua renovação em Tóquio e sonha com primeira medalha

Por Comunicação CBDV
18/08/2021
São Paulo/SP

Mais de uma década e quatro participações em Paralimpíadas separam Carol Duarte, 34 anos, de Moniza, 23. A mais velha e a mais nova da Seleção Brasileira de goalball são a síntese da equipe que vai estrear nos Jogos de Tóquio no dia 25, contra os EUA: uma mescla de experiência com ímpeto para levar as mulheres a um pódio paralímpico pela primeira vez na história.

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Até hoje, a melhor colocação do selecionado feminino no evento, o quarto lugar na Rio 2016, foi conquistado com um grupo bastante modificado em relação ao atual. Se há cinco anos o grupo contava com diversas atletas rodadas, desta vez, a renovação natural da modalidade culminou em um ciclo que trouxe várias caras novas ao conjunto. Tanto que, das seis convocadas, apenas duas – além de Carol, Victoria Amorim – já conhecem o gostinho de disputar uma Paralimpíada.

"Na Rio 2016, tínhamos um grupo de cinco atletas com participações em Paralimpíadas. Desta vez, temos apenas duas, que terão um papel importante em passar toda a experiência vivida e o conhecimento para as companheiras sobre como jogar bem num evento desse porte", explica o técnico Dailton Nascimento. "De qualquer forma, temos em quase todo o grupo atletas que participaram de campeonatos mundiais, Parapan-Americanos e torneios internacionais, então, acreditamos que isso nos proporcione um equilíbrio", complementa o treinador.

Caberá à dupla mais experiente transmitir dentro e fora das quadras os ensinamentos necessários para que as novatas se sintam confiantes no torneio. "Desde 2017, a gente vem nessa renovação de atletas com as entradas da Jéssica, da Moniza. Depois, vieram Gaby e, agora por último, a Kátia. A gente sempre procura passar nossa experiência, motivá-las, isso faz toda a diferença. Tento transmitir confiança, digo para elas focarem no potencial de cada uma", conta Carol, que disputou todas as edições desde Atenas 2004.

Aparentemente, os conselhos das veteranas têm surtido efeito. Moniza, por exemplo, demonstra serenidade ao falar sobre a estreia: "Não me sinto nervosa, estou bem tranquila, só com um friozinho na barriga que é normal a qualquer atleta. Mas estou tranquila até porque temos do nosso lado a Carol e a Vic com mais experiência e elas nos dão força, dicas, contam suas histórias e isso nos dá um gás. Elas transmitem muita energia positiva".

#Acessibilidade: Moniza passa a bola para Kátia. Ambas vestem camisa de jogo verde, com número e logo do CPB em branco. Foto: Ale Cabral/CPB.


A sintonia é tamanha que a missão de liderar o jovem grupo acaba ocorrendo naturalmente, conforme explica Carol: "As meninas são muito maduras. Não me vejo numa posição de liderança, elas que puseram essa confiança em mim. Fico muito feliz em contribuir, aprendo diariamente com elas".

Vale lembrar que Victoria Amorim e Jéssica fazem parte do grupo de 52 pessoas da delegação paralímpica brasileira que precisaram ficar em isolamento na cidade de Hamamatsu após contato com um indivíduo que testou positivo para o novo coronavírus na chegada ao Japão, no dia 6. Desde a última quarta-feira (11), elas puderam sair para treinar separadamente. A expectativa é de que possam se reunir novamente já na Vila Paralímpica.


Comunicação CBDV

Renan Cacioli

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