Lúcia Araújo fatura o bronze em Tóquio e amplia coleção de medalhas
Por Comunicação CBDV
28/08/2021
São Paulo/SP
A judoca paulista Lúcia Araújo abriu o cardápio de medalhas da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Na madrugada deste sábado, ela conquistou o bronze na categoria até 57 kg ao vencer, por ippon, a russa Natalia Ovchinnikova.
Foi a 23ª medalha que a modalidade rendeu ao país na história e o terceiro pódio consecutivo de Lúcia em Paralimpíadas. Ela já havia conquistado duas pratas, na Rio 2016 e em Londres 2012: "Essa medalha vem com sabor de ouro, lembra o percurso todo até aqui, tudo o que eu tive de passar. Agora, é aproveitá-la e me preparar para a próxima, porque eu ainda busco o ouro", disse a atleta, deixando claro que o foco já começa a ser Paris 2024.
Para colocar o bronze em volta do pescoço, a judoca de 40 anos precisou bater de frente com suas principais adversárias. Na estreia, reencontrou a argentina Laura González, com quem vem travando diversos combates nos últimos anos, incluindo no Parapan de Lima 2019, quando também levou a melhor. Com expressão séria, mostrando muita concentração, subiu no tatame do Nippon Budokan e aplicou o ippon para confirmar o favoritismo.
As semifinais reuniram as quatro mais bem colocadas do ranking mundial na categoria. Lúcia, número três, enfrentou Parvina Samandarova, do Uzbequistão, segunda da lista, e teve pouco tempo para sentir o combate, sofrendo um wazari seguido de ippon em apenas 13 segundos. Porém, sem se abater, voltou ao dojô para bater Ovchinnikova e ficar com o bronze.
A turca Zeynep Celik, número 1 do mundo e derrotada na semifinal, também faturou o bronze – no judô, são dois bronzes por peso – ao vencer a japonesa Junko Hirose. O ouro ficou com Sevda Valiyeva, do Azerbaijão, quarta do ranking, que derrotou a uzbeque Samandarova.
#Acessibilidade: Lúcia chora enquanto abraça o técnico Alexandre Garcia na saída do dojô. Foto: Takuma Matsushita/ CPB.
Sábado recheado encerra modalidade
A noite deste sábado, que encerra o judô em Tóquio, verá a maioria dos nove judocas do Brasil que foram ao Japão lutarem. Os combates classificatórios começam às 22h30 (horário de Brasília) e serão realizados em sequência até as 2h de domingo. As finais começam às 4h30 e vão até 7h50.
O primeiro brasileiro a pisar no tatame será o potiguar Arthur Silva, na categoria até 90 kg. Em seguida, o pesado Wilians Araújo (acima de 100 kg) fará sua estreia em busca da segunda medalha (foi prata na Rio 2016). A lenda Antônio Tenório, dono de seis conquistas, luta na sequência na categoria até 100 kg. Alana Maldonado, campeã mundial do peso até 70 kg, e Meg Emmerich (acima de 70 kg), estreante em Paralimpíadas, completam a lista.
Até aqui, outros três brasileiros, além de Lúcia Araújo, entraram em ação. Harlley Arruda (até 81 kg), Karla Cardoso (até 52 kg) e Thiego Marques (até 60 kg) perderam seus combates e ficaram de fora da briga por pódio.
Confira a programação do último dia do judô das lutas envolvendo atletas do Brasil (entre parênteses, ao lado dos nomes, a colocação do judoca no ranking mundial):
(19º) Hector Espinoza (VEN) x ARTHUR SILVA (5º)
(8º) Yordani Fernández (CUB) x WILIANS ARAÚJO (5º)
Adversário a definir x ANTÔNIO TENÓRIO (3º)
(19ª) Matilde Lauria (ITA) x ALANA MALDONADO (1ª)
(20ª) Minako Tsuchiya (JPN) x MEG EMMERICH (2ª)
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Renan Cacioli
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