No berço do judô, Brasil inicia luta para ampliar coleção de medalhas

No berço do judô, Brasil inicia luta para ampliar coleção de medalhas

por Comunicação CBDV — publicado 2021/08/26 00:00:00 GMT-3, Última modificação 2022-03-10T15:06:59-03:00
Seleção estreia com Karla Cardoso e Thiego Marques; combates vão até domingo e terão transmissão ao vivo

Por Comunicação CBDV
26/08/2021
São Paulo/SP

O Nippon Budokan, palco lendário do judô, será o cenário dos combates que abrirão nesta quinta-feira (26) a competição nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. A Seleção Brasileira, representada no país berço da modalidade por nove atletas, colocará dois deles em ação a partir das 22h30 (de Brasília): a veterana Karla Cardoso (até 52 kg), medalhista de prata em Pequim 2008 e Atenas 2004, e o novato Thiego Marques (até 66 kg), estreante em Paralimpíadas.

As lutas classificatórias terão transmissão da TV Brasil e serão realizadas em sequência até 1h30. As finais começam às 4h e vão até 6h40. Neste primeiro dia, haverá quatro categorias brigando por pódio: até 48 kg e 52 kg (feminino) e até 60 kg e 66 kg (masculino).

O combate entre o paraense Thiego Marques, de 22 anos, e o japonês Takaaki Hirai será o primeiro da noite. Número 11 do mundo em seu peso, o brasileiro enfrentará o 19º colocado do ranking. "É um sonho que se torna realidade porque tenho só 22 anos e já estou aqui. Quero ganhar o ouro", diz o atleta, que tem baixa visão por conta do albinismo.

Thiego traz como melhores resultados na carreira bronzes conquistados no Aberto da Alemanha 2020, no Parapan de Lima 2019 e nos Campeonatos das Américas de 2020, 2018 e 2017.

Já a veterana Karla Cardoso, que disputa sua quarta edição, soma duas medalhas paralímpicas (Pequim 2008 e Atenas 2004). Aos 39 anos, ela foi a Tóquio via vaga bipartite, que é uma espécie de convite, solicitada pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV). Na estreia, a adversária será a alemã Ramona Brussig, sexta melhor da categoria – Karla é a 12ª.

O judô nos Jogos de Tóquio está dividido em três dias. Na sexta, representando o Brasil, lutarão Harlley Arruda (até 81 kg) e Lúcia Araújo (até 57 kg). No sábado, será a vez de Alana Maldonado (até 70 kg), Meg Emmerich (mais de 70 kg), Arthur Silva (até 90 kg), Antônio Tenório (até 100 kg) e Wilians Araújo (acima de 100 kg).

#Acessibilidade: Karla treina com Harlley. Ele está deitado de costas para o tatame enquanto Karla, sorrindo, busca a passagem de guarda. Ambos vestem quimonos brancos, e o de Harlley traz um círculo vermelho na manga indicando que é B1. Foto: Alê Cabral/ CPB.

Histórico

No total, a modalidade já rendeu ao país 22 medalhas na história dos Jogos, sendo quatro ouros (todos conquistados por Tenório), nove pratas e nove bronzes.

Ela é disputada por atletas divididos em categorias de acordo com o peso corporal e do grau de deficiência visual. Todas começam com a letra B, de blind (cego, em inglês): B1 (cegos totais), B2 (percepção de vultos) e B3 (conseguem definir imagens). O atleta B1 é identificado com um círculo vermelho em cada ombro do quimono. Há também a possibilidade de um atleta surdo (com deficiência visual) praticar a modalidade. Neste caso, ele é identificado com um círculo amarelo no quimono.

Agenda

Confira a programação das lutas envolvendo atletas do Brasil (entre parênteses ao lado dos nomes, a colocação do judoca no ranking mundial):

Dia 26
(19º) Takaaki Hirai (JPN) x THIEGO MARQUES (11º)
(6ª) Ramona Brussig (GER) x KARLA CARDOSO (12ª)

Dia 27
(8º) Daniel Powell (GBR) x HARLLEY ARRUDA (10º)
(8ª) Laura González (ARG) x LÚCIA ARAÚJO (3ª)

Dia 28
(19º) Hector Espinoza (VEN) x ARTHUR SILVA (5º)
(8º) Yordani Fernández (CUB) x WILIANS ARAÚJO (5º)
Adversário a definir x ANTÔNIO TENÓRIO (3º)
(19ª) Matilde Lauria (ITA) x ALANA MALDONADO (1ª)
(20ª) Minako Tsuchiya (JPN) x MEG EMMERICH (2ª)


Comunicação CBDV

Renan Cacioli

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