Perda do pai faz novata da base do goalball do Brasil jogar pelos dois
Foto tirada de trás do gol mostra Emilly segurando a bola com as duas mãos, de costas para a quadra adversária, iniciando o impulso para fazer o arremesso por debaixo das pernas. Ela tem cabelo preto preso em um rabo de cavalo e veste camisa azul com número 8 em amarelo na altura do peito. Foto: Renan Cacioli/ CBDV.

Perda do pai faz novata da base do goalball do Brasil jogar pelos dois

por Comunicação CBDV publicado 2025/03/12 09:55:00 GMT-3, Última modificação 2025-03-12T10:05:02-03:00
Há dois anos, recifense Emilly dava os primeiros arremessos na modalidade enquanto lidava com o seu luto

12/03/2025
São Paulo/SP

 

O ano de 2023 representou, definitivamente, um divisor de águas na vida da recifense Emilly Victoria. Ao mesmo tempo em que dava seus primeiros arremessos e ganhava um novo um amor incondicional pelo goalball, a garota de apenas 15 anos na época sentia a dor da perda do pai, falecido durante uma cirurgia cardíaca. Hoje com 17, ela leva esse misto de sensações tão opostas para dentro de quadra e tenta, ao lado de outras nove garotas convocadas para o 1º Campo de Treinamento de Base da Seleção Brasileira, firmar-se na modalidade. Desde o dia 7, elas vêm treinando no CT Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.


"Eu comecei no esporte sentindo um aperto no peito, mas tudo o que fiz foi por ele", diz a atleta, que possui baixa visão mas segue ainda à espera de um diagnóstico. "A minha patologia ainda não é fechada, mas minha baixa visão começou no período da pandemia. Quando eu fui no oftalmo, percebi que a minha visão começou a fechar. Fiz vários exames, passo por consultas e ainda estão tentando fechar minha patologia. Eu estudo, faço faculdade de educação física e, hoje em dia, não é uma coisa que me assuste, mas mudou um pouco minha vida", explica a jogadora da Assobecer-PE (Associação Beneficente dos Cegos do Recife).


No mês que vem, ela participará de seu terceiro Regional Nordeste, a partir do dia 7, em Natal (RN). Aos poucos, o incentivo recebido há dois anos da professora Natashy Melo, técnica da equipe, e da colega de time Aline Rodrigues, que também vem sendo convocada para a Seleção Brasileira de goalball, vai dando resultado. "É uma sensação inexplicável pra mim. Eu tô vivendo o sonho que eu queria estar vivendo, graças à minha técnica e à minha equipe. Esse esporte, pra mim, é literalmente minha vida", afirma Emilly, que disputou os Jogos Juvenis da CBDV, competição voltada a jovens promessas, nos dois últimos anos.

 

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Emilly posa com a Seleção Nordeste de goalball feminino durante os Jogos Juvenis de 2024. Ela é a camisa 4 do time. A professora Natashy, que a incentivou, é a última no canto direito.
Foto: Taba Benedicto/CBDV.

 

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