Rosi é bronze e garante 26ª medalha do judô na história dos Jogos Paralímpicos
Rosi está saltando no ar com as pernas um pouco recolhidas e traz um sorriso no rosto. O fundo da foto está totalmente escuro, criando um contraste com o azul do quimono da atleta que ressalta a brasileira.. Fotos: Wander Roberto/ CPB.

Rosi é bronze e garante 26ª medalha do judô na história dos Jogos Paralímpicos

por Comunicação CBDV publicado 2024/09/05 13:54:19 GMT-3, Última modificação 2024-09-05T13:54:19-03:00
Em sua primeira Paralimpíada, potiguar de 27 anos vai ao pódio e abre os trabalhos da modalidade na capital parisiense

05/09/2024
Paris/FRA


A potiguar Rosicleide Andrade, de 27 anos, garantiu ao Brasil a primeira medalha do judô nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A atleta, que luta na categoria até 48 kg para atletas J1 (cegos totais), conquistou nesta quinta-feira (5) a medalha de bronze ao derrotar a argentina Rocio Ledesma com um ippon, o golpe perfeito da modalidade, na Arena Campo de Marte. Em sua estreia em Paralimpíadas, Rosi garantiu ao país o 26º pódio do judô na história: agora, são cinco ouros, nove pratas e 12 bronzes.


"Eu estou muito feliz e, ao mesmo tempo, sem acreditar ainda. Eu vim fazendo um ciclo muito bom, meu primeiro, com títulos importantes e, agora, ser medalhista de bronze na minha primeira Paralimpíada me deixa muito feliz. Eu não consigo nem explicar o que estou sentindo ainda", disse a brasileira, cuja deficiência visual é a retinopatia da prematuridade – nasceu com seis meses pesando 900 gramas. Antes de entrar para o judô, em 2014, ela fez nove anos de balé e chegou a praticar caratê.


Rosi, que entrou para a Seleção Brasileira em 2022, já vinha colecionando alguns feitos neste primeiro ciclo paralímpico. No Mundial de 2022, no Azerbaijão, também foi bronze. Naquele ano, ainda conquistou três etapas do circuito internacional da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos). No ano passado, foi ouro no Parapan de Santiago.

 

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Rosi está com o corpo posicionado por cima da argentina Rocio, na luta do bronze. No canto esquerdo, vê-se a perna do árbitro do combate, que veste calça preta.

 

O caminho da brasileira, que chegou a Paris como terceira do ranking em sua categoria, começou com vitória já nas quartas de final, sobre Suvd-Erdene Togtokhbayar, da Mongólia, décima na lista. Na semifinal, Rosi vencia a ucraniana Nataliya Nikolaychyk, uma posição à frente da brasileira no ranking, por wazari, mas acabou imobilizada posteriormente e sofreu o ippon, mesma pontuação que ela conseguiria horas depois para derrubar a argentina Rocio Ledesma e garantir sua medalha.


Elielton e Thiego batem na trave


O Brasil teve outros dois lutadores brigando por pódio na estreia da modalidade em Paris, mas ambos acabaram perdendo suas lutas valendo o bronze: o manauara Elielton Oliveira, de 28 anos, segundo melhor da categoria até 60 kg para atletas J1, parou no líder do ranking mundial, o indiano Kapil Parmar. Já o paraense Thiego Marques, de 25, que luta no mesmo peso do companheiro, mas na classe J2 (para atletas com baixa visão), não conseguiu superar o argelino Ishak Ouldkouider, sétimo do ranking – três posições atrás do brasileiro, que é o quarto. Elielton fazia sua estreia em Paralimpíadas, e Thiego esteve também em Tóquio 2020.


A também paraense Larissa Silva, de 25 anos, que luta na categoria até 57 kg para atletas J1, foi outra brasileira em ação no primeiro dia do judô em Paris. Após estrear vencendo, ela perdeu seus dois combates seguintes e ficou de fora da briga por pódio.


Nesta sexta, mais cinco brasileiros voltam aos tatames da Arena Campo de Marte:

  • Lúcia Araújo (57 kg / J2)
  • Brenda Freitas (70 kg / J1)
  • Alana Maldonado (70 kg / J2)
  • Kelly Kethyllin (70 kg / J2)
  • Harlley Arruda (73 kg / J1)


As lutas preliminares começam às 5h (de Brasília) e as finais, às 11h. O judô encerra sua jornada nos Jogos de Paris no sábado, quando outros seis brasileiros – Erika Zoaga, Rebeca Silva, Arthur Silva, Marcelo Casanova, Wilians Araújo e Sergio Fernandes Jr. – buscarão ampliar a coleção de medalhas da modalidade.

 

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Comunicação CBDV
Renan Cacioli
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