Judocas do Brasil preveem Mundial mais difícil que Jogos Paralímpicos
13/10/2022
São Paulo/SP
A Seleção Brasileira de judô paralímpico se prepara para o Campeonato Mundial, que será realizado em Baku, no Azerbaijão, de 8 a 10 de novembro, com um pensamento fixo: o torneio tende a ser mais difícil do que os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Este será o primeiro grande evento classificatório para a edição de Paris 2024 sob as novas regras que mexeram bastante com a modalidade neste ano. A expectativa é de encontrar adversários inéditos que ainda não cruzaram com os brasileiros nas três edições do Grand Prix da IBSA disputados em 2022 – todos vencidos pelo Brasil.
"O Mundial é mais difícil. Quando você vai para uma Paralimpíada, já conhece todos os atletas classificados, chega com a estratégia de luta pronta. Já no Mundial, pode encontrar um adversário contra o qual nunca lutou. Então, é uma competição muito forte", aposta o peso-pesado Wilians Araújo, de 30 anos, da categoria J1 (para cegos totais) acima de 90 kg. Ele vai para o seu terceiro Mundial e já conquistou um bronze, na edição de 2014, realizada em Colorado Springs, nos Estados Unidos.
"O Mundial será bem forte e é onde teremos o parâmetro para o ciclo", diz a experiente Lúcia Araújo, de 41 anos, da J2 (atletas de baixa visão) até 57 kg. "Acredito que vou encontrar adversárias contra as quais já venho lutando no ciclo e algumas novas, mas não muda muito na minha categoria", conclui a dona de três medalhas em Mundiais: prata em 2010 (Antalya, na Turquia), bronze em 2014, nos EUA, e em 2018 por equipes (Odivelas, Portugal).
A Seleção Brasileira contará com 21 atletas no Azerbaijão. Eles estão concentrados em São Paulo desde o início desta semana e ficarão até a próxima quarta-feira treinando no Centro de Treinamento Paralímpico em dois períodos. "Temos menos de um mês para o Mundial. Dá para ajustar bastante coisa ainda, golpe, tempo de golpe, potência. Então é um momento muito importante da nossa preparação", confia Rebeca Silva, uma das mais novas do grupo, com 21 anos. Ela buscará sua primeira medalha em Mundiais e levará na bagagem o excelente retrospecto na temporada: é a líder do ranking na categoria J2 acima de 70 kg.
Você pode conferir um pouco de como tem sido a preparação dos judocas clicando no link abaixo:
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