Marcelo dá um passo por vez rumo aos Jogos Paralímpicos 2024
02/03/2023
São Paulo/SP
Até setembro do ano passado, o judoca Marcelo Casanova era o 16º colocado do ranking mundial na categoria até 90 kg para atletas J2 (baixa visão). Em seu primeiro ano com a Seleção Brasileira, o gaúcho de 19 anos passou a se destacar e acabou convocado para disputar o Campeonato Mundial, em Baku, no Azerbaijão, quando venceu dois rivais e chegou à luta pelo bronze, que perdeu para o ucraniano Oleksandr Nazarenko. O ouro no Pan-Americano da IBSA de Edmonton e a prata no Grand Prix de Almada, seus dois torneios seguintes, o levaram para o terceiro posto do mundo. Assim, passo a passo, ele vai trilhando o caminho para o sonho maior: disputar pela primeira vez na carreira uma edição de Jogos Paralímpicos.
"Apesar de estarmos nos encaminhando para 2024 e a classificação aos Jogos, a gente tenta ir trabalhando pensando de competição em competição. Cada ponto é importante e vai fazer diferença lá no final. Então, eu não penso tanto no futuro mais distante, penso no futuro próximo e em ir batendo as pequena metas", explica o judoca, cuja deficiência visual é decorrente do albinismo. Marcelo começou no judô convencional aos nove anos e chegou a integrar a Seleção Brasileira sub-18. A migração para o judô paralímpico aconteceu em 2021, quando já foi campeão brasileiro e chamou a atenção.
A próxima meta dele está em Alexandria, no Egito. Nos dias 13 e 14, o Brasil estará representado por 12 atletas na segunda das quatro etapas do Grand Prix da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) programadas para 2023. As outras duas serão no Azerbaijão, em setembro, e no Japão, em dezembro. A de Antalya, na Turquia, que seria realizada em abril, foi cancelada em virtude do terremoto que atingiu o país. Além dos Grand Prix, a Seleção Brasileira de judô vai disputar os Jogos Mundiais da IBSA, na Inglaterra, em agosto, e os Jogos Parapan-Americanos, no Chile, em novembro.
Todos esses eventos são classificatórios para Paris 2024, mas, até por questões financeiras e de logística, não é possível levar a delegação completa do Brasil a todas as competições da temporada, o que torna a estratégia de Marcelo ainda mais relevante: indo bem e pontuando nos campeonatos em que estiver presente, o sonho paralímpico da vaga ficará mais próximo.
Desde as mudanças nas regras da modalidade, no início do ano passado, a Seleção Brasileira vem colhendo ótimos resultados: conquistou o Pan do Canadá, em dezembro, ficou em quarto lugar no Mundial de Baku, em outubro, e foi campeã das três etapas do Grand Prix da IBSA: em São Paulo (Brasil), Nur-Sultan (Cazaquistão) e Antalya (Turquia). Em 2023, levou o título no geral também do Grand Prix de Almada, em Portugal.
No total, o judô já rendeu ao país 25 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos, sendo cinco ouros, nove pratas e onze bronzes.
Patrocínio
A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do judô paralímpico brasileiro.
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