Rebeca dá a volta por cima e conquista o ouro no Grand Prix de Tóquio
05/12/2023
São Paulo/SP
A paulista Rebeca Silva, de 22 anos, ganhou na madrugada desta terça (5) a medalha de ouro no Grand Prix IBSA de Tóquio, quarta e última etapa do circuito internacional em 2023. Ela derrotou na final da categoria acima de 70 kg para atletas J2 (baixa visão) a judoca Zarina Raifova, do Cazaquistão, e subiu no lugar mais alto do pódio pela primeira vez no ano em eventos fora do país. A vitória representou, além de pontos valiosos no ranking mundial que definirá as vagas aos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, uma volta por cima depois da frustração de não ter conseguido conquistar o Parapan de Santiago, há duas semanas.
"Foi muito difícil me reerguer em tão pouco tempo. É muito importante essa medalha e foi uma felicidade muito grande encerrar o ano com chave de ouro. Sou muito grata a todos, e bora pra Paris!", vibrou a atleta da Seleção, que no Chile acabou sendo eliminada na semifinal após decisão polêmica da arbitragem, que considerou válido um golpe da cubana Sheyla Estupinan, após o comando de interrupção da luta feito pela árbitra principal. Mesmo com a conquista do bronze, posteriormente, que ainda representou a simbólica centésima medalha do Brasil no Parapan, Rebeca não escondeu a tristeza e chorou na saída do tatame.
A brasileira é a líder do ranking da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) na sua categoria. É bom explicar que a lista da IBSA considera todos os resultados desde o início do ano passado. Já o atual ciclo paralímpico começou a contar pontos a partir de junho do ano passado e serão válidas competições até junho de 2024. Neste caso, Rebeca lutou no Japão como segunda do mundo, atrás da italiana Carolina Costa, que não participou do evento.
Nesta terça, também lutaram pela Seleção Marcelo Casanova (90 kg J2) e Larissa Silva (57 kg J1). Ambos chegaram até a disputa pelo bronze, mas perderam seus combates. O gaúcho, quarto colocado do ranking na corrida para Paris, foi derrotado pelo alemão Daniel Goral, 11º da lista, e a paraense, 15ª do mundo, perdeu para a espanhola Maria Manzanero, décima no ranking.
No primeiro dia, o Brasil havia conquistado um bronze, com Rosi Andrade. Participaram do torneio oito judocas do país.
Agora, o judô fará uma pausa antes da retomada das três últimas competições, já em 2024, que valerão pontos no ranking. A princípio, haverá três etapas do Grand Prix IBSA antes dos Jogos de Paris: Heidelberg, na Alemanha, em fevereiro, Antalya, na Turquia, em abril, e Tbilisi, na Geórgia, em maio. Serão as últimas chances dos não classificados obterem pontos e, aqui, valem duas ressalvas importantes: todos os campeonatos do último ano do ciclo paralímpico, ou seja, entre junho de 2023 e junho de 2024, valem o dobro de pontos. E os atletas podem escolher, dentre todas as etapas de Grand Prix que disputarem, somente seus cinco melhores resultados (caso disputem mais do que cinco).
O Brasil teria, hoje, representantes em 10 das 16 categorias (lembrando que cada país pode inscrever somente um judoca por categoria). Em Paris 2024, o judô contará com 148 vagas, sendo 102 diretas via colocação do ranking. A modalidade é uma das que mais rendeu medalhas ao país na história das Paralimpíadas: foram 25 ao todo, sendo cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes.
Patrocínio
A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do judô paralímpico brasileiro.
Comunicação CBDV
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