Rotina na Paraíba deixa futebol de cegos do Brasil 'no ponto' para brigar em Paris
Foto tirada por trás do atleta Maicon mostra o jogador posicionando o corpo antes da finalização, enquanto ao fundo, desfocados, o goleiro Luan e o chamador Cesinha aguardam desfecho da jogada. Fotos: Renan Cacioli/ CBDV.

Rotina na Paraíba deixa futebol de cegos do Brasil 'no ponto' para brigar em Paris

por Comunicação CBDV publicado 2024/08/05 12:25:02 GMT-3, Última modificação 2024-08-05T12:25:02-03:00
Após sete meses de Seleção permanente, algo inédito na história, atletas aprovam período e se veem mais preparados do que nunca

05/08/2024
João Pessoa/PB


Após sete meses de concentração em João Pessoa, na Paraíba, a Seleção Brasileira de futebol de cegos se vê mais preparada do que nunca para brigar por uma medalha paralímpica. É o que atestam atletas e comissão técnica na reta final da preparação antes do embarque à França, onde o time buscará manter a hegemonia na modalidade – é o único ganhador desde 2004, em Atenas, quando o futebol de cegos foi inserido na grade do evento. A estreia dos pentacampeões nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 está marcada para o dia 1º de setembro, contra a Turquia, às 13h30 (de Brasília).


"Tenho certeza de que essa estratégia foi a melhor. A gente adquiriu mais entrosamento, o Fábio [Vasconcelos, treinador da equipe] pôde trabalhar mais algumas questões táticas, algumas jogadas. E isso refletiu no nível físico da nossa equipe. Hoje, os dados da fisiologia mostram que estamos um time mais forte, há mais resistência, mais velocidade. Então, acho que chegaremos muito bem nesse torneio lá em Paris e queremos traduzir todo esse empenho em uma medalha de ouro", diz o capitão do time, Ricardinho, que disputou e venceu quatro das cinco edições (só não esteve em Atenas 2004).


O projeto da Seleção Brasileira permanente foi pioneiro na história da CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) e surgiu da ideia da comissão técnica de tornar os treinamentos com bola rotina de todos os atletas, o que não acontece normalmente pois a maioria das equipes da modalidade se reúne eventualmente para suas atividades. O time brasileiro vem treinando de segunda a sábado, sempre em dois períodos. Pela manhã, as movimentações táticas com bola acontecem no Instituto de Cegos da Paraíba, um dos Centros de Referência do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro). À tarde, as atividades físicas são realizadas na academia. Alguns atletas utilizam a estrutura do próprio Instituto, enquanto outros treinam nas salas de ginástica dos prédios onde residem, sob supervisão e orientação de algum membro da comissão técnica.

 

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Ricardinho está mais centralizado na imagem, usando colete azul da Seleção e óculos preto de proteção, enquanto escuta as orientações do técnico Fábio Vasconcelos, à direita da foto, que fala em direção ao atleta Maicon, na esquerda da imagem.


"Para gente, foi muito importante porque as outras seleções estão evoluindo demais e precisávamos evoluir junto, né? Estamos em um nível muito alto, mas a gente tinha de aumentar ainda mais esse nível", reconhece o goleiro Luan, que vai disputar sua terceira Paralimpíada – foi campeão na Rio 2016 e em Tóquio 2020. Ele também destaca a importância da presença dos familiares em João Pessoa. Apesar de alguns jogadores, como ele, já serem da região, outros precisaram vir de locais mais distantes para a capital paraibana e puderam trazer suas famílias. "Depois do treino, podemos ir para casa ficar com a família, coisa que não tínhamos tanto na rotina porque viajávamos demais. Tenho uma filha de nove meses. Se estivéssemos viajando tanto, eu não estaria aproveitando esse início de vida dela", destaca o pai da pequena Sara.


Além da Turquia, vice-campeã europeia, o Brasil vai enfrentar ainda pelo Grupo A a França, anfitriã e campeã europeia, e a China, campeã asiática e algoz dos brasileiros na semifinal da Copa do Mundo de Birmingham 2023.


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Comunicação CBDV
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