Treinadores analisam grupos do Brasil no Mundial de Goalball 2022

12/09/2022
São Paulo/SP

O Brasil conheceu no último sábado seus adversários no Mundial de Goalball 2022. O sorteio realizado na cidade de Matosinhos, em Portugal, sede do evento, definiu os quatro grupos do torneio, dois no feminino e dois do masculino, que reúnem as 32 equipes participantes. A competição acontecerá de 8 a 16 de dezembro. A tabela será divulgada em breve. Juntas, as comissões técnicas das duas Seleções Brasileiras acompanharam o chaveamento e analisaram os prós e contras que terão pela frente.

No feminino, os times estão divididos entre os Grupos A e B. Confira como ficaram:

Grupo A

Turquia
Coreia do Sul
Argélia
Dinamarca
Canadá
França
México
Argentina

Grupo B

Estados Unidos
Japão
Brasil
Israel
Austrália
Egito
Grã-Bretanha
Portugal

"Teoricamente, o Brasil acabou ficando no grupo mais difícil, com Estados Unidos, Japão, Israel, equipes que estão sempre buscando medalhas. Precisaremos jogar bem essa primeira parte da competição para nos classificarmos em boa posição de olho na fase eliminatória", disse o técnico Gabriel Goulart, da Seleção feminina. As norte-americanas são as maiores ganhadoras de Mundiais. Das dez edições realizadas até hoje, venceram quatro. Também são bicampeãs paralímpicas e foram medalhistas de prata em Tóquio 2020. As japonesas jamais foram ao pódio de um Mundial, mas vêm crescendo no cenário internacional e derrotaram justamente as brasileiras na disputa pelo bronze dos Jogos Paralímpicos do ano passado.

"Vale ressaltar a importância de a Confederação ter dado a oportunidade de disputarmos a Malmö Cup, a Copa Ancara, porque enfrentamos algumas dessas equipes e conseguimos coletar bastante dados que nos ajudarão a montar as estratégias para o Mundial", falou o treinador. Neste ano, o Brasil foi bronze da Malmö Cup no feminino (não houve chave masculina nesta edição), e levou ouro (feminino) e prata (masculino) na Copa Ancara, além de ter conquistado o Campeonato das Américas com os homens e as mulheres. "As únicas equipes do grupo que não enfrentamos este ano foram Austrália e Portugal. Contra todas as outras, já jogamos, o que nos permite ter conhecimento para montar nossa estratégia", completou Gabriel.

Já no torneio masculino, os países estão divididos entre os Grupos C e D, que ficaram assim:

Grupo C

Brasil
Argélia
Japão
Turquia
Canadá
Alemanha
Portugal
Bélgica

Grupo D

China
Lituânia
Ucrânia
Estados Unidos
Irã
Egito
México
Colômbia

"São dois grupos equilibrados com ligeira vantagem para o do Brasil. O outro ficou um pouquinho mais puxado. O que significa que poderemos fazer uma fase classificatória com jogos não tão pesados, mas, por outro lado, a partir das quartas de final, já serão confrontos muito duros rumo ao título. Mas repito: os grupos ficaram equilibrados, com as forças bem divididas", analisou o técnico Jônatas Castro. Os alemães, apesar de serem bicampeões do mundo a exemplo do Brasil, têm ficado distantes do pódio há algum tempo – a exceção foi a prata no Mundial de 2018, quando perderam justamente para os brasileiros. Canadá, Japão e Turquia são países com equipes mais fortes no feminino e nunca ganharam um Mundial ou uma Paralimpíada com os homens.

O sorteio de sábado teve apenas um direcionamento inicial para beneficiar os atuais campeões paralímpicos de cada categoria (Brasil, no masculino, e Turquia, no feminino), que automaticamente foram cabeças de chave de grupo, deixando medalhistas de prata e de bronze em Tóquio do outro lado. Em ambos os torneios, o sistema de disputas será o mesmo: dois grupos com oito países em cada que se enfrentam entre si em turno único, totalizando sete partidas na fase classificatória. Os quatro melhores de cada lado avançam às quartas de final. A Seleção Brasileira masculina é a atual bicampeã do mundo (Malmö 2018 e Espoo 2014). A equipe busca um feito jamais obtido por nenhuma nação: ganhar o Campeonato Mundial por três vezes consecutivas. Já a Seleção feminina tenta subir de patamar após o bronze em 2018, sua primeira medalha em Mundiais.

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A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do goalball brasileiro.

Comunicação CBDV
Renan Cacioli
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